Houve um tempo que o Axé era "boca-de-zero-nove"! Falava de faraó, Antônio Conselheiro, Madagascar, Mandela, Ghandi...da zorra toda! Usava expressões vanguardistas como "rebocado", "piripicado" e "quirica na bussanha.". Antes de Daniela louvar a beleza negra do Ilê. Antes do Asa Arrêa. Antes até de Brown cantar a timbalada oiá e a lua porque ama a lua, a Bahia gritava com Gerônimo: Eu sou negão. O Axé era assim, uma esculhambação.
De lá pra cá a coisa mudou. Ivete, Cláudia Leite, Jamil e outros cantam Poeira, Festa, Extravasa. Música que é pro Brasil todo. Até porque, se cantasse Iô, Iô Iô Rebentão ou Vou dar o Ziguenáu, muita gente não iria entender nada. Se melhorou ou piorou não me importa. Só sei que li outro dia sobre a banda Suinga (http://ultimobaile.com/?p=2881#comment-3840). Que grata surpresa escutar sobre Mussucity, Doroncity e sorvete de cajá! Só quem já pegou um Estação Mussurunga entederá com perfeição: Se Chegar Meu Estação, Não Empurra Não!
Aí vai Sorvete de Cajá. Com direito a clipe gravado na Estação da Lapa e dancinha impagável.
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