A História de uma guerra, pelo menos a versão predominante, é contada pelo vencedor. Foi assim com a Segunda Guerra Mundial. Qual a batalha decisiva, povo que sofreu mais e qual nação foi fundamental para a vitória? Dia D, judeus e EUA, é a resposta contada na maioria dos filmes. Stalingrado, russos e União Soviética, é a resposta mais aceita hoje pelos historiadores. Os EUA emergiram da Segunda Guerra como a maior potência do mundo e tinham a necessidade estratégica de fincar um aliado permanente no Oriente Médio criando Israel. Por outro lado, o mundo viveu quase meio século na Guerra Fria, tornando as análises do conflito tão díspares.
Sem me aprofundar nas distorções sobre a imagem do maior conflito do século passado, resolvi apontar a importância de uma arma de gurra: o submarino, ou o U-Boat.
Sem me aprofundar nas distorções sobre a imagem do maior conflito do século passado, resolvi apontar a importância de uma arma de gurra: o submarino, ou o U-Boat.
U-Boat`s (Unterseeboot-"barco debaixo-de-água" em alemão literal) é o termo como ficaram conhecidos os submarinos da poderosa frota de Hitler. Também receberam o respeitável apelido de "lobos-do-mar".
A alcunha de lobo se deveu à forma de ataque dos submarinos alemães. Inicialmente eles atuavam de forma isolada, se aproximando furtivamente de navios inimigos e os atingindo antes de serem percebidos. Posteriormente, quando as esquadras aliadas passaram a ser escoltadas por contratorpedeiros, os "lobos" atuaram em duplas ou trios, com ataques rápidos e quase imediata dispersão.
Mais do que provocar baixas na marinha aliada, o uso estratégico dos U-Boat`s foi tentar isolar a Grã-Bretanha. Na fase crítica, a Inglaterra viu seu abastecimento comprometido, sendo isto tão danoso quanto os ataques aéreos a Londres e outras cidades. Depois da guerra Churchil chegou a declarar que temeu mais os submarinos que a Luftwaffe, Força Aérea alemã que castigou a Inglaterra com bombardeios.
Os U-Boat`s só puderam ser contidos pelo avanço tecnológico com aprimoramento de radares, sonares, cargas de profundidade (para defesa contra torpedos), além de avanços táticos nos comboios marítimos. A entrada do EUA na guerra também colocou o tráfego marítimo em uma escala superior à capacidade de destruição dos submarinos alemães. Foram ataques dos lobos-do-mar que justificaram a entrada do Brasil na guerra.
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