As primeiras pesquisas divulgadas em maio (Vox e Sensus) são recheadas de más notícias para o PSDB. Além de mostrar que Dilma assumiu a liderança, existem uma série de dados ruins para os tucanos. Dilma continua crescendo, já superando 35%. Serra oscila pouco, mas confirma certa tendência de queda quando olhamos o fim do ano passado. Os votos espontâneos consolidam o favoritismo governista, já que Dilma e Lula pontuam com cerda de 30% contra 15% de Serra. A Rejeição de Serra supera a de Dilma (28,4% X 29,5% na Sensus e 15% X 20% na Vox Populi). E esses são apenas os dados mais aparentes.
A pesquisa da Vox indica que Serra é conhecido por 76% dos eleitores e Dilma por apenas 56%. (Marina por apenas 33%). 4% ainda acham que Serra é o candidato de Lula e 1% pensam que é Marina. 33% dizem que só votarão no candidato de Lula e 30% dizem que podem votar no indicado pelo presidente.
A Sensus aponta que 55,4% disseram que não votariam "de jeito nenhum" no candidato de FHC, enquanto 60,8% dizem que votam com certeza ou poderiam votar no candidato de Lula. A aprovação de Lula é de 83,7%. FHC tinha 29,5% de aprovação em maio de 2002, ano em que seu candidato (o mesmo Serra) teve 23,2% de votos no primeiro turno e quase 39% no segundo. Logo, é gritante a margem para crescimento de Dilma neste cenário.
O que fará o PSDB diante destes números? De imediato tentará desqualificá-los e se apoiar em outras pesquisas. Ocorre que os números podem ser diferentes, porém o Ibope tem confirmado a tendência de Dilma assumir a liderança da corrida presidencial. O Datafolha não poderá sozinho contrapor as demais pesquisas, além de também ratificar que há mais espaço para crescimento da PTista. Brigar com os números pode ser uma necessidade retórica, mas não muda o panorama.
Serra, muito cedo e antes mesmo do início da campanha oficial, está ficando num beco sem saída. Mais uma vez precisa de um novo fato político para permanecer viável aos olhos de seus aliados. Na última vez, conseguiu fôlego com seu lançamento turbinado por pesquisas questionadas e um Aécio vibrante. Ensaiou um fortalecimento de suas alianças que não vingaram na prática. Àécio como vice volta a despontar como tábua de salvação dos tucanos. A essa altura as próprias pesquisas põem em xeque essa possibilidade. Dilma cresceu em Minas Gerais possivelmente em face do ressentimento ao tratamento dado ao neto de Tancredo pelo PSDB. Assumir a candidatura a vice pode ser inútil ou mesmo nocivo para o próprio Aécio. O ninho tucano deve estar fervilhando de análises e questionamentos.
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