terça-feira, 23 de março de 2010

Obama - Reforma da Saúde


Com a popularidade em queda, Obama aprovou a reforma da saúde, uma de suas principais promessas. Inacreditavelmente, a reforma era reprovada por 53% dos americanos. Aos olhos do mundo, entretanto, ele voltou ao posto de apóstolo da sensatez.
No discurso da vitória de Obama, me marcou a ênfase dada a reafirmação da liderança dos EUA no mundo. Porém, ele tratou também de mencionar a responsabilidade que isso agregava. Ao ver na tv o discurso, eu estava cético, mas otimista por não estar ouvindo John McCain.
A política externa do novo presidente corroeu rapidamente minha esperança em uma mudança profunda promovida pelos americanos. A postura vacilante no episódio do golpe de Honduras foi quase mortal para minha fé no primeiro negro à frente da casa branca. O aumento de tropas no Afeganistão me pareceu incoerente com o Nobel da paz.
Enfim percebo bons sinais. Li que o governo afegão tentou um acordo com o talibã (duvido que à revelia dos EUA). Apesar da retórica firme, o risco de um ataque ao Irã ainda não é eminente. O Brasil se coloca como um possível interlocutor nesta questão. Há também um desavença pública com Israel, coisa que há tempos não vejo. Além, claro, de ter coragem de aprovar uma reforma impopular em meio à crise de popularidade. Coisa de estadista.
Exercer a presidência é equilibrar-se entre forças diversas. Com Lula é assim, com Obama também e certamente com Ahmadinejad. Cada um tem que conter seus radicias progressistas ou conservadores. Lula entendeu que ajuda o americano e o iraniano nesta tarefa ao permanecer isento o suficiente para servir de ponte. Por isso, tavez seja hoje "o cara" dos outros dois líderes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário