Neste domingo foram veículadas entrevistas do Lula (Canal Livre da Band) e FHC (jornal Estado de SãoPaulo):
http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2010/04/05/a-entrevista-de-lula-ao-canal-livre/#more-54355 - Lula
Impressiona a repercurssão na mídia, principalmente da entrevista de FHC. Li em alguns sites que teria sido criticado o viés chinês no Estado sob Lula. Teria se afirmado que estávamos sob ameaça de uma burocracia capitalista amparada no populismo. Li a entrevista. Há críticas à atual situação da nossa democracia. Também ao que ele chamou de busca de um "líder tutor" nas democracias de massa. Todavia as proposições foram colocadas em tese, em um contexto amplo. Não encontrei as críticas direcionadas que me fizeram acreditar terem existido.
Parte da mídia, especialmente a ligada à mídia impressa, parece ter mais voracidade na destruição da imagem do Lula que a própria oposição.
Apesar da consistência das idéias apresentadas por FHC, ele derrapa nos principais alertas que fez sobre nossas instituições. Disse que "nas decisões reais no Brasil estão se constituindo um golpe de poder a união de setores do Estado, setores empresariais e fundos de pensão". Disse ainda que não é progresso transformar o monopólio público em monopólio privado. Ocorre que foi na privatização que os fundos de pensão ganharam a força que têm e que empresas como a Vale e Telemar (telefonia fixa) viraram monopólios privados.
Lula foi cobrado como se fosse uma ameaça. Parece que oito anos de governo moderado não arrefeceu o temor de certos setores. Ante as insinuações de que tentara cercear a imprensa, o presidente foi contundente: "Houve (durante o governo Lula) mais censura dos seus donos (dos veículos de imprensa) do que do governo". "Tem três setores que podem controlar a imprensa: na TV o telespectador, no rádio o ouvinte e no jornal o leitor". Neste momento invocou Datena como exemplo e testemunha. Disse que o jornalista certa vez foi demitido por apresentar Lula em uma redação. Que apesar da amizade entre os dois, ele Lula jamais telefonara pedindo para atenuar crítica alguma.
Duas boas entrevistas. Até mesmo pela embate mais duro com os entrevistadores preferi a do atual presidente.
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