segunda-feira, 31 de maio de 2010

O resgate dos morros cariocas

Santander inaugura agência no complexo do Alemão.
Sex, 208 de Maio 2010 21:00. O Santander inaugurou hoje a primeira agência bancária do Complexo do Alemão, comunidade com cerca de 150 mil pessoas, localizada na Zona Norte do Rio de Janeiro. A iniciativa é reflexo do compromisso do banco com a sustentabilidade - que contempla maior acesso à bancarização - e da parceria do Grupo Cultural AfroReggae, organização não-governamental que oferece atividades socioculturais para jovens moradores de áreas carentes. (Fonte: www.investimentosenoticias.com.br)
No Brasil a desigualdade social fere a liberdade de todos. O pobre é privado de passear entre as belas casas dos condomínios fechados, de ver as vitrines e a decoração dos shoppings mais luxuosos. O rico não pode jogar bola na quadra da periferia, não pode a tomar uma cerveja num boteco dentro de uma comunidade. Sempre haverá diferenças entre os que tem mais e menos dinheiro, mas no país isso já afeta a liberdade de ir e vir.
Durante muito tempo houve uma discussão se o problema das favelas deveria ser tratado com repressão policial ou com assistência social. A retórica de que as duas iniciativas deveriam ser simultâneas permeava os discursos políticos, mas jamais se obtivera resultados concretos no Brasil. O momento do Rio de Janeiro é uma esperança para os que acreditavam que o abismo entre pobres e ricos no país aumentaria. As UPPs (Uninades de Polícia Pacificadora) inspiradas em modelos bem sucedidos na Colômbia, junto ao o crescimento econômico e da renda dos mais pobres mudam a perspectiva das grandes cidades. Há no horizonte a possibilidade de redução da divisão entre morro e asfalto, favela e condomínio.

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