terça-feira, 29 de junho de 2010

Top 100 - Tim Maia Racional


Muita gente boa e sem muita curiosidade sobre a obra de Tim Maia associa o cantor apenas a baladas que vaiaram hits  e músicas irreverentes como "Sossego". No imaginário das novas gerações Tim está mais ligado às imitações de comediantes que vivem a repetir seu vozeirão e reclamações sobre agudos, graves e retorno.
É verdade que Tim Maia se tornou mega popular em razão da quantidade incrível de hits que produziu. Para se ter uma idéia, seu primeiro LP já trazia as canções "Azul da cor do mar", "Coronel Antônio Bento", "Primavera" e "Eu Amo Você". Não é atoa que o "Síndico" deve ser um dos campeões de venda de coletâneas.
Para os mais atentos à sua obra, Tim Maia é muito maior do que o apresentado nas coletâneas. Considerado um dos introdutores da soul music no país, sua obra é repleta de músicas dançantes e de excelentes arranjos. É mais ligada a essa outra faceta a indicação do meu Top 100: A fase Racional.  
Na década de 1970 Tim Maia entrou em contato com a doutrina Cultura Racional, liderada por Manuel Jacinto Coelho. Lançou em 1975, os álbuns Tim Maia Racional, volumes 1 e 2 pelo selo Seroma (palavra "amores" ao contrário e abreviação do próprio nome "Sebastião Rodrigues Maia"). São considerados por muitos os melhores de Tim Maia,  pelo fato de que nesta época ele manteve-se afastado dos vícios, o que refletiu na qualidade de sua voz. Desiludido com a doutrina, o cantor, revoltado, tirou de circulação os álbuns que viraram item de colecionador.
Qualquer lista dos 100 melhores discos brasileiros (a minha lista é mais ampla) trará algum disco de Tim Maia. Se a lista quiser fugir do óbvio indicará a sua fase Racional. Aqui o disco entra por sua qualidade e por representar o inusitado. O cantor que teve a vida marcada pelos vícios mundanos pregando a virtude espiritual. Tomo os dois discos por um, e aponto como Top 100 a Fase Racional de Tim Maia. 

P.S.: Para quem não conhece a fase e quer ter uma amostra, recomendo procurar na internet a faixa Imunização Racional.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Ibope/Junho - Favoritismo

O detalhamento da pesquisa Ibope aponta um favoritismo ainda maior que a vantagem de 5% de Dilma sobre Serra. Segundo o Ibope, o maior percentual de eleitores que votaria em um candidato apoiado por Lula ( 67%) está no Nordeste. Entre os eleitores com renda até 1 salário mínimo, 62% votariam no candidato de Lula.
Justamente no Nordeste, 32% dos eleitores ainda não sabem que Dilma Rousseff é a candidata do presidente Lula. É o índice mais alto entre todas as regiões. Entre os eleitores com renda de até 1 salário mínimo, 39% não sabem que Dilma é a candidata governista.
À esta altura da corrida presidencial as pesquisas não tem muita utilidade. As alianças regionais e coligações estão praticamente todas fechadas. Uma das poucas constatações trazidas pela sondagem é mais uma frustração PSDBista. A visibilidade obtida por Serra nos programas eleitorais de TV em junho não reverteram a tendência de crescimento de Dilma e queda de Serra vista nos últimos meses.
Cada vez mais parece que a Lula basta informar a todo eleitorado que Dilma é sua candidata, estando este já convencido do mérito do governo no bom momento do país. As pesquisas até agora não ratificaram nenhuma linha de argumentação da oposição. A campanha oficial está próxima de começar e o PSDB está ficando encurralado.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Ibope - Junho

Estimulada:

Dilma - 40%
Serra - 35%
Marina - 9%

A pesquisa anterior apontava empate entre Serra e Dilma em 37%, tendo Marina 9%. Nesta pesquisa a rejeição de Dilma é de 23%, de Serra 30% e de Marina 29%. A margem de erro é de 2 p.p., indicando que a vantagem da PTista supera a faixa de empate técnico.

Globo X Dunga 2


Desde 2008 a Globo aposta na queda de Dunga


Do site www.comunique-se.com.br/
 
Crítica a Dunga leva “Cala boca Tadeu Schmidt” ao topo no Twitter

Da Redação
Os internautas brasileiros ficaram irritados com a crítica de Tadeu Schmidt a Dunga, depois que o técnico xingou o repórter da TV Globo, Alex Escobar, de "cagão". No Fantástico deste domingo, o Schmidt disse que Dunga tem uma postura “incompatível” com seu papel na Seleção.
Inspirados no “Cala Boca, Galvão”, os twitteiros lançaram o “Cala boca Tadeu Schmidt”, que nesta segunda-feira (21/06) ocupa o primeiro lugar no Trending Topics do microblog. Alguns estrangeiros até questionam se o termo seria uma nova campanha para salvar pássaros, explicação falsa usada pelos brasileiros para explicar o "Cala Boca, Galvão" aos twitteiros de outros países.

"Xingou o técnico, é jornalismo; xingou os jornalistas, é crime contra a liberdade de imprensa. CALA BOCA TADEU SCHMIDT", foi uma das mensagens mais retwittadas.

Globo X Dunga

No site Vi o Mundo do Azenha (link na coluna à direita) há uma compilação de textos que explicam a crise entre a Globo e o técnico Dunga. Extraí trechos que considero mais relevantes, embora as informações daquele site sejam interessantes por completo.

22/06/2010 – 06h37
Globo negociou entrevistas com Ricardo Teixeira, mas Dunga vetou
Mauricio Stycer, no UOL
Em Durban (África do Sul)
Por trás do incidente entre Dunga e o jornalista Alex Escobar, da Rede Globo, durante a entrevista coletiva no Soccer City, logo depois da vitória do Brasil sobre a Costa do Marfim, esconde-se uma história que revela o alcance do poder do técnico da seleção brasileira.
O UOL Esporte apurou que a Globo negociou diretamente com Ricardo Teixeira, presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), entrevistas exclusivas com três jogadores da seleção, entre os quais Luis Fabiano. As entrevistas iriam ser exibidas durante o programa “Fantástico”, no domingo, horas depois da partida contra Costa do Marfim, vencida pelo Brasil por 3 a 1. Dunga vetou o acerto.
O incidente entre Dunga e Alex Escobar ocorreu quando o jornalista conversava ao telefone com o apresentador Tadeu Schmidt exatamente sobre este assunto. O técnico percebeu o que ocorria e perguntou: “Algum problema?” Escobar respondeu: “Nem estou olhando para você, Dunga”. O técnico replicou em voz baixa, o suficiente para ser captado pelo microfone à sua frente: “Besta, burro, cagão!”
Diversos jornalistas na sala de entrevistas ouviram Escobar desabafar: “Insuportável, bicho, insuportável. O Rodrigo (Paiva) foi revoltado lá falar comigo, cara. O Dunga não deixou. Ninguém. Caraca, nem o Luís Fabiano. Infelizmente. Valeu, Tadeuzão”.
Muitos também notaram que Rodrigo Paiva, diretor de comunicação da CBF, fez o gesto de quem soca a parede a certa altura da entrevista coletiva. Paiva tem tentado se equilibrar entre o atendimento à imprensa e o respeito às exigências de Dunga. No cargo há nove anos, gentil com todos os jornalistas, o assessor dá sinais cada vez mais evidentes de reprovação à política de clausura imposta pelo técnico.
Horas depois do incidente, durante o “Fantástico”, Schmidt falou: “O técnico Dunga não apresenta nas entrevistas comportamento compatível de alguém tão vitorioso no esporte. Com frequência, usa frases grosseiras e irônicas”. O jornalista da Globo não mencionou, no entanto, o motivo do atrito, ou seja, a recusa do técnico em aceitar um acordo feito entre o presidente da CBF e a emissora.
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21 de junho de 2010
Há dois anos, Dunga anunciava “área de desconforto” com a Globo
Por Luciano Borges, no Terra Magazine
A saia justa entre o técnico Dunga e a Rede Globo é antiga. Há exatamente dois anos, em entrevista exclusiva ao Blog do Boleiro, o treinador dizia que tinha criado uma “área de desconforto” para os profissionais da emissora.
A primeira vez em que Dunga tornou público o conflito com a Globo, aconteceu dois dias depois do empate entre Brasil e Argentina (0 a 0), no dia 19 de junho de 2008. Naquela partida, Dunga ouviu a torcida no Mineirão cantar “Adeus Dun-ga, Adeus Dun-ga”. E soube que tinham feito leitura labial do que falou no banco de reservas.
Veja o que Dunga disse na época e constate que pouca coisa mudou:
Dunga, como você está?
Tranqüilo. Estou puto, mas estou tranqüilo. Sei que querem a minha cabeça porque criei uma zona de desconforto para quem estava acostumado a cobrir a seleção brasileira sem sair de casa. Porque tinham a escalação, o time, as preferências do treinador. Mas isto mudou.
De quem você está falando?
Queira ou não queira, a poderosa manda e os caras que trabalham para ela acham que mandam. Não digo que seja a TV Globo, mas alguns profissionais que trabalham lá e estavam acostumados com privilégios e não têm mais. Lá nos Estados Unidos, vieram pedir para entrevistar um jogador à uma da manhã. Disse não. Eles foram à loucura. Um câmera ficou dizendo que ia falar com A, B ou C, mas falei que não. Não tenho culpa se os caras chegaram atrasados em três dos quatro treinos que dei. Não é meu problema se o cara perdeu a hora passeando no shopping. E eu disse para o cara: “Não vai jogar a responsabilidade em cima de mim”. Depois dizem que o Dunga é carrancudo. Tenho senso de justiça.
As relações entre você e os jornalistas estão estremecidas?
Comigo, os repórteres perguntam tudo e eu respondo tudo. O que fiz foi atender o que 95% da mídia pediu e 100% da população brasileira queria: coloquei ordem, acabei com a festa que foi na Copa do Mundo de 2006. E estou atendendo o que o meu patrão determinou.
Mas a reclamação não é só dos profissionais da Globo.
Veja como são as coisas. Os caras que a vida toda reclamaram dos privilégios de uma emissora, agora se juntam com ela para meter o pau. Quem reclamava das tendas de algumas tevês que cobriam os treinos e faziam entrevistas na hora que queriam, agora tem tratamento igual. Mesmo assim, reclamam. Mas não vou dar nada para ninguém. Mas está tudo dez. Sei que os caras vão fazer leitura labial comigo, mas não mudo de posição. Estou tranqüilo.
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Luiz Antônio Prosperi
“Globo x Luxemburgo: só tensão“, copyright Jornal da Tarde, 11/09/00, no Observatório da Imprensa
via blog do Evaldo Novelini
As relações entre a TV Globo e Wanderley Luxemburgo são tensas. O Departamento de Esportes da empresa não concorda com os métodos de trabalho que o técnico vem empregando na Seleção. A crise se acentuou com as denúncias contra o treinador e a campanha da emissora para que Romário disputasse a Olimpíada de Sydney. Ao final dos Jogos, espera-se por uma nova e talvez definitiva batalha entre Globo e Luxemburgo.
Na era Luxemburgo, que começou em 1998, a Globo não vem encontrando as mesmas regalias que tinha na era Zagallo (1994 a 98). Quando Zagallo era o técnico, nos intervalos dos jogos e logo após o apito final, ele procurava o repórter da Globo para uma rápida entrevista exclusiva. Era, no mínimo, um acordo de cavalheiros. Nunca técnico e emissora divulgaram se havia um contrato entre as partes.
Alguns jogadores importantes, como Ronaldinho (Inter de Milão), também procuravam o microfone da Globo antes e durante a Copa do Mundo de 98 para entrevistas exclusivas. Agentes dos atletas informaram que aqueles jogadores também tinham “acordo de cavalheiros”. Quando Luxemburgo assumiu a Seleção, a Globo perdeu a exclusividade. O vaidoso técnico procura todas as emissoras.
A Globo não gostou. A crise ficou evidente no intervalo do jogo entre Chile e Brasil, em Santiago. A Seleção estava sendo humilhada. Tino Marcos, repórter da Globo, correu atrás de uma declaração de Luxemburgo e tudo o que ganhou foi um empurrão. Foi a gota d’água para a emissora abrir fogo contra o treinador.
Entrevista fatal – Tino Marcos, em seguida, conseguiu a entrevista exclusiva com Renata Alves, ex-funcionária de Luxemburgo que denunciou o escândalo da sonegação fiscal. A matéria foi levada ao ar no Jornal Nacional. Na mesma semana, o programa No Mundo da Bola, da rádio Joven Pan, informou que Renata havia cobrado R$ 20 mil pela entrevista.
Luxemburgo não esconde o conflito com a Globo. Nos dias que antecederam o jogo contra a Bolívia, o técnico teve duas ásperas conversas com Tino Marcos. O caso chegou a Luis Fernando Lima, diretor de Esportes da TV Globo.
Nos bastidores da Seleção, mais evidente na campanha das eliminatórias, Luxemburgo vem mantendo uma relação tensa com a Globo. Da emissora, apenas o repórter Mauro Naves e o locutor Galvão Bueno gozam da simpatia do técnico.
Aliás, Galvão viveu uma noite tensa no último dia 2, véspera do jogo Brasil e Bolívia, no Rio. O locutor foi informado que o Jornal Nacional iria explorar a denúncia da revista Época, uma publicação da Globo, sobre o caso do “gato” de Luxemburgo, que tem duas datas de nascimento em seus documentos. Conversou com o treinador e com pares da Comissão Técnica da Seleção em busca de uma saída para a crise.
Naquela noite, Galvão e a reportagem do JT receberam indicativos de que Luxemburgo entregaria o cargo. Um telefonema de Ricardo Teixeira, presidente da CBF, ao técnico adiou a sentença final. Teixeira deu uma trégua ao treinador “vai durar até pelo menos o fim da Olimpíada” ou o fim do Brasil nela.

Pressão inútil - Dentro da Comissão Técnica da Seleção, suspeita-se que se Romário fosse convocado para a Olimpíada a Globo desistiria da pressão contra Luxemburgo. Nas duas semanas que antecederam a convocação final dos Jogos Olímpicos, a Globo, na maioria dos seus programas de esportes e até no Fantástico, fez uma acirrada campanha favorável à convocação do atacante do Vasco. A conta é simples: com Romário na Seleção o `ibope’ sobe.
“Recebemos um recado de um grande editor, um chefão da imprensa, dizendo para levarmos o Romário para a Olimpíada porque assim criaríamos um fato novo e todos esses supostos escândalos seriam abafados, esquecidos”, confidenciou uma fonte próxima da Comissão Técnica da Seleção e da cúpula da CBF.
Luxemburgo não levou Romário. Ele e Ricardo Teixeira pagaram para ver.
Aguardam o desfecho da Olimpíada para ver o que pode ocorrer. O técnico sabe que está na berlinda. Sabe também que a crise que se instalou na Seleção Brasileira passa pela disputa da audiência e vendagem de jornais, em especial no Rio.
O primeiro jornal a denunciar o caso da sonegação com as acusações de Renata foi O Dia. Com tiragem de 320 mil exemplares diários, o jornal disputa a faixa do mercado com o jornal Extra, que superou o concorrente com 380 mil/dia. O Extra pertence às Organizações Globo e entrou firme no caso Luxemburgo. Este mesmo jornal é sócio da Federação do Rio de Futebol na organização do Campeonato Carioca, que nas últimas edições tem como estrela solitária o eterno Romário.

sábado, 19 de junho de 2010

Blog do Torcedor

Apesar de estar escrevendo um blog, eu estou longe de me considerar um fanático por internet. Tenho mais curiosidade pelos sites de notícia e menos pelos sites de mero entretenimento. Mas se há uma exceção no estilo da pequena lista de sites e blogs que eu acompanho é o blog do torcedor do Bahia hospedado na página da globo.com:  http://globoesporte.globo.com/platb/josericardo/ . Li vários blogs de outros torcedores do mesmo portal, mas o do baiano é impagável. Abaixo apresento uma amostra para provar que o blogueiro figura vai além de agradar o torcedor de seu clube.

Copa do Mundo, Copa do Nordeste, Copa Intermunicipal de Totó, Copa Pitubense de Dança de Salão, Copa Dois Irmãos de Ioiô, Copa Itapagipana de Corrida de Saco, Copa Cachoeirense de Cabo de Guerra, Copa Dois de Julho de Quadrilha Junina. Como vocês podem ver, estamos passando por uma temporada sem precedentes de emoção. É muito evento para os corações baterem mais forte e os cabelinhos do braço ficarem arrupiados.
Mas se vocês acham que por causa de tanta emoção eu vou ficar só curtindo, com um chopp na mão e pouco me importando com o Bahia, acertaram em cheio. Aliás, em quase cheio.
Soube que o Bahia contratou mais duas peças para o seu elenco. Uma jovem promessa do Flamengo, outra jovem promessa do Corinthians. Como fui picado pela mosquinha do jornalismo investigativo, dei um tempo no chopp e meti as caras na internê. Tome na caixa dos petchos mais um Dossiê do Blogaço, papá. Dessa vez, dois em um. (transcrevo apenas um dossiê) 
Dossiê Renan Silva
Já começamos com um informação que me deixou um pouco zonzo, mas que não serve para porraninhuma: Renan Silva nasceu Renan da Silva. Bom, eu avisei que não servia para nada. Eu avisei.
O sacana é carioca, nasceu em 2 de janeiro de 1989, tem 1 metro e 76 cm de altura e 69 quilos. Ele começou no futebas nas categorias de base do Flamengo, numa geração que tinha Erick Flores e Renato Augusto (cadê esses caras, papá?) e que foi muito vitoriosa. Classificado como um jovem e versátil apoiador, Renan tem como características principais a raça, a força física e os chutes fortes e precisos.
No sub-alguma-coisa do Flamengo, Silva participou de importantes conquistas, como o tricampeonato estadual nos anos de 2005 a 2007 e o terceiro lugar no
Mundial de Clubes Sub-19, na Malásia, em 2007.
Até agora, tô empolgado com o sacana. Mas segue o jogo.
No início de 2010, quando vencia seu contrato com o Flamengo, foi promovido ao elenco profissional. Mas não conseguiu espaço, devido a “verdadeira constelação que povoava o elenco rubro-negro” (palavras dos caras lá da terra do bondinho – eu não sei que constelação era essa). Para piorar a coisa toda, a diretoria do Flamengo resumiu assim a situação do sacana:
“Falta de técnica barrou jovens do Flamengo da geração 88/89”.
Do Flamengo, ele foi emprestado para o Goiás e não deu certo. O Goiás mandou Renan de volta rapidinho para a Gávea. E lá ele estava até Angioni aparecer.
Fazendo esse dossiê, fiquei numa puta dúvida (“Puta dúvida?!! Cê é paulista, seu corno?”): encontrei alguns elogios e muitas criticas ao sacanildo. Só vendo ele em campo para saber a verdade mesmo.
Mas uma coisa na vida do rapaz chamou minha atenção pacaráleo e não tem nada a ver com o esporte bretão:
“Camisa 10 do time sub-20 do Fla também brilhou nos palcos de funk. Renan Silva era conhecido como Mc Boa Pinta.”
Não é que o corno se arriscava com o raps na comunidade do Turano? Recebeu até um apelido: Mc Boa Pinta.
“A mulherada dizia que eu era boa pinta e os moleques passaram a me chamar assim. Era só uma brincadeira. Agora sou um cara tranqüilo: estou casado e tenho uma filhinha”.
Ainda bem que o cara agora é tranquilo. Ainda bem, na verdade, é que o Lagoa Mar não tá mais entre nós. Se tivesse o cara ia ter o cartão de fidelidade do Sea Lagoon.
Sobre o cantor Renan, Adílio falava:
- O menino canta bem, agita a concentração. Mas eu, particularmente, não curto funk.
Como Adílio não é nenhuma Alobened da Banda Mel, também não dá para acreditar no julgamento do sacana.
O que eu tenho medo, mas tenho medo mesmo, é que Renan seja só mais um Silva que a estrela não brilha. Afinal, ele era funkeiro, mas era pai de família.

Chora, Profissão Repórter, jornalismo investigativo é com o papai aqui.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos


"Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos" é o mais novo disco de Otto. Está é uma das poucas vezes que falo de um disco sem incluí-lo em meu Top 100. É que para considerar um disco digno de estar entre os melhores eu levo em conta também a importância dele na obra do artista. Assim, mesmo o disco sendo excelente, é cedo para dizer que este é o disco de Otto.
Mas por que considero o disco tão bom? Porque é brega. Assumidamente brega. Otto fez o disco ainda na ressaca de sua separação da atriz Alessandra Negrini e não esconde a influência disto na obra.
Falar de amor e separação não é novidade musical, nem é o que define algo como brega, pelo menos no sentido de gênero musical. Hoje até o "rebelde" rock´n roll flerta com a dor de cotovelo, especialmente em sua vertente Emo. A desilusão amorosa permeia o samba, o sertanejo, o calipso e quase todo gênero musical. Mas esqueça tudo isso quando quiser ouvir o novo disco de Otto.
O que o pernambucano de Recife fez com louvor foi um disco brega de verdade. Desses que dão vontade de beber e chorar. Desses que remetem a um botequinho de interior com cheiro de cachaça. Para não deixar dúvidas, Otto gravou  "Naquela Mesa" de Sérgio Bittencourt, um bolero de alta qualidade. O disco é a prova de que música boa independe de gênero ou rótulos. Não é uma sátira ou brincadeira despretensiosa. Não. É um disco muito bom, com boas composições e arranjos. Mas é bem verdade que quem não gostar do disco certamente não tem coração...

sábado, 12 de junho de 2010

Lebesraum - O Espaço Vital*

O que acontece hoje no mundo guarda certa similaridade com o início do século passado. Naquela época o mundo estava dividido em colônias entre determinadas potências. Com um período de grande intercâmbio econômico mundial, surgiram potências emergentes disputando áreas de influência com as já estabelecidas. Conflitos periféricos foram aumentando de proporção, acarretando as guerras mundiais. Novamente o mundo assiste a emergência de forças com ambições de expansão de sua influência.
A guerra-fria manteve o contexto de disputa de áreas de influência e conflitos periféricos, mas a paz armada entre URSS e EUA prevaleceu. Após a queda dos socialistas, o força econômica passou a ser a principal arma dos americanos para impor seus interesses, mas não única. A Guerra nos Bálcãs testou uma nova força, a OTAN. Os conflitos étnicos foram pano de fundo da fragmentação de paísses que em outros tempos estiveram alinhados à URSS. O pretexto humanitário de acabar com massacre de ditadores até hoje não resultaram em intervenção militar da OTAN na África, por exemplo. Não foi atoa que parte dos avanços da OTAN no leste europeu foi barrada pela chegada de tropas Russas.
A eleição de Bush Jr. e o 11 de setembro modificaram a geopolítica mundial. Futuramente esses dois fatos serão citados como causas dos eventos seguintes. As mentiras usadas para invadir o Iraque provam que o ataque às torres gêmeas não explicam sozinhos a invasão daquele país. Por outro lado, é fato que o mais sangrento ataque à maior potência mundial pautou os debates de política externa norte-americano.
Com a invasão do Iraque à revelia da ONU, os EUA criaram um novo paradigma. Os americanos têm um orçamento militar equivalente à metade do que é gasto no mundo. Com apoio de potências européias, fizeram da OTAN uma força então incontestável no mundo. Com pretexto moral fornecido pelo terrorismo e pela ditadura de Sadan e se valendo da prévia distribuição de tarefas na futura "reconstrução" do país, Bush Jr. ignorou os apelos de França, Rússia e China no Conselho de Segurança da ONU.
Neste particular as guerras de Bush lembram as invasões promovidas pela Alemanha antes da Segunda Guerra. A Alemanha tinha sido lograda nos acordos firmados após a Primeira Guerra, o que lhe conferiu justificativa moral para as primeiras anexações territoriais.
A doutrina Bush era audaciosa e avançava. Apertou o cerco ao eixo do mal, representado por comunistas remanescentes e o Irã. Na América Latina foram hostilizados os aspirantes a socialistas bolivarianos. Nos sonhos dos falcões de Washington sairiam do poder a dinastia Castro e Chavez. Governos moderados em nações mais importantes como Brasil e México ou radicais em países militarmente fracos como Bolívia e Equador seriam relevados. A conta era de que em caso de maior tencionamento, inimigos não contassem com a simpatia extremada de ninguém muito próximo ou muito relevante no continente americano. O escudo anti-missísl no leste europeu também foi parte do projeto de poder americano.
O projeto da pax americana foi abalado por dois fatores. O primeiro está relacionado aos altos custos das Guerras de Bush. O custos financeiros e políticos (em parte em razão das mentiras sobre as armas químicas) desgastaram o governante americano e aliados. A guerra ao terror perdeu apoio, custando o mandato do então primeiro ministro inglês, Tony Blair, um de seus avalistas. Neste sentido, a resistência iraquiana e dos talibãs tiveram uma relevante contribuição, podendo no futuro ser reavaliado o papel destes no mundo.
O outro fator foi a crise financeira de 2008/09. Com problemas financeiros de seus contribuintes, a cara política beligerante teve que ser reavaliada. Estes dois fatores tiraram dos republicanos conservadores a presidência dos EUA e entregaram ao democrata Obama. A crise também tornou evidente o peso de economias emergentes como os BRIC´s e, fundamentalmente no caso de Rússia e China, a força econômica é amparada em força militar.
Caso Obama seja merecedor do Nobel da paz que recebeu, terá grandes desafios. Um deles é convencer o público interno de que outro caminho é desejável. Além disto, terá que contornar a crise econômica de seu país, cuja recuperação é ameaçada pela crise européia. Se falhar nestes objetivos, seu mandato será um hiato no conservadorismo belicista. Se o presidente americano não estiver à altura da honraria recebida seus desafios serão mais parecidos com os das potências européias no século passado.

*O conceito de espaço vital (em alemão, Lebensraum) foi concebido por Friedrich Ratzel como o espaço de vida dos grupamento humanos. O espaço vital seria o espaço necessário para a expansão territorial de um povo,no caso, alemão. O interesse alemão nesta expansão justificava-se em certa medida pelo fato de o país ser retardatários na expansão marítima européia, e ao contrário da França e da Inglaterra, não tinha vastos domínios coloniais. Hitler considerava que a "raça ariana" (que segundo ele, era superior) deveria permanecer unida, e para uni-la a Alemanha deveria possuir um território maior. Esse território era onde o povo germâncio morava, porém foi dividido.Era chamado de "Espaço Vital Alemão".

Dossiês e dossiês!

Somente depois de perceber o estrago que o jogo sujo fez em sua trajetória política é que Serra passou a alardear a condição de vítima de golpes baixos. Foi assim em 2006 com os aloprados do PT paulista e é assim agora com a ainda mal explicada estória do dossiê sobre sua filha. Registre-se que o uso político da suposta vítima não tira a gravidade da conduta de quem eventualmente jogou pesado ou disseminou inverdades.
Dificilmente os eleitores têm acesso aos bastidores de uma candidatura. O Estado de São Paulo realizou uma matéria ímpar sobre bastidores da relação de Serra com seus aliados. Para ser candidato em 2002, Serra teria destruído a pré-candidatura de Roseana Sarney (então filiada ao DEM) enviando um dossiê para a imprensa montado por uma equipe sua no Ministério da Saúde. Isso deixou fissuras entre o tucano e pesos pesados da política como ACM e Sarney, inviabilizando sua própria eleição. Vale a pena ler a matéria inteira em  - http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,voce-nao-esta-vendo-que-e-minha-ultima-oportunidade,565275,0.htm#noticia - ou em  -   http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/serra-apelos-para-aecio-e-dossies-contra-tasso#more .
Para estimular a curiosidade sobre a reportagem transcrevo um pequeno trecho:

Na chegada ao Alvorada, deparou-se com o ex-ministro da Justiça e secretário-geral da Presidência, Aloysio Nunes Ferreira, mas não amenizou as críticas. Ao contrário: Tasso tinha Aloysio como o "ponta de lança" de Serra contra ele e ainda achava que FHC atuava para desequilibrar a disputa sucessória em favor de São Paulo. Pior, suspeitava da influência de Aloysio sobre uma operação da Polícia Federal que colocou agentes em seu encalço, em meio a uma investigação de lavagem de dinheiro.
Neste cenário, o que era para ser um jantar de autoridades no salão palaciano descambou para as ofensas em tom crescente, a ponto de Tasso apontar "a safadeza e a molecagem" do ministro, que agiria para prejudicá-lo. Bastou um "não é bem assim" de Aloysio para o bate-boca começar.
"Vocês jogam sujo!", devolveu Tasso.
"Vocês quem?", quis saber Aloysio.
"Você... o Serra... Vocês estão jogando sujo e eu estou saindo (da disputa presidencial) por causa de gente como você, que está me fodendo nesse governo", reagiu Tasso.
"Jogando sujo é a puta que o pariu", berrou Aloysio, já partindo para cima do governador. Fora de controle e vermelho de raiva, Tasso chegou a arrancar o paletó e os dois armaram os punhos para distribuir os socos.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

O Sol

(Fotos: Sheila Lima)

Acima três ângulos e três momentos de uma mesma imagem: O pôr-do-sol em Salvador. De cima para baixo, as fotos foram tiradas no alto da Ladeira do Contorno, do Farol da Barra e da Ponta de Humaitá. Em um dia o céu mantém seu tom azul por inúmeras horas. À noite seu tom escuro também prevalece por longo tempo. Os breves minutos de anoitecer nos chamam mais atenção. Qual  força faz brotar na passante a fotógrafa?

terça-feira, 8 de junho de 2010

O Faroeste de Serra


Recentemente Serra teceu críticas à Bolívia e elogios a Colômbia na questão do combate às drogas. Isso não é fruto de um alinhamento ideológico aos EUA. Pelo menos, não exclusivamente. Atualmente certos dogmas norteiam o marketing político. O mais falado é o de que a eleição é decidida em razão do desejo popular de mudança ou continuidade. Assim, políticos de oposição em ambiente propício à continuidade buscam não atacar os governos, pregando uma forma nova de continuar. Serra tentou esse modelo, entretanto, as pesquisas indicaram que a estratégia não estava funcionando.
O tucano se agarra agora a outro dogma corrente. Dizem os "especialistas" que em eleição favorável à continuidade o eleitor só vota em um candidato de oposição se for para resolver uma nova prioridade. Ou seja, se um governo é bem avaliado por ter resolvido um problema como educação, o eleitor pode optar por um adversário, desde que a nova emergência seja outra questão, como a saúde por exemplo.
Qualquer pesquisa nacional indicará que uma das áreas que gera maior insatisfação é a segurança. Associada à questão das drogas, o problema aflige o país em grandes e pequenas cidades. Assim, Serra opta por representar o papel do xerife perante o eleitor. Logo vai dizer: "É possível vencer a batalha. Uribe o fez! Vejam Bogotá, vejam Medelim" É uma tática melhor do que dizer que é mais sucessor de Lula que Dilma.
O problema do PSDB nesta e em outras questões não é a mensagem, mas o mensageiro. Foi assim em 2006 com a questão do mensalão. Pela forma como foi aprovada a reeleição, o partido de Serra não podia cobrar o PT pelos vícios na relação com o Congresso (sem falar no mensalão mineiro). O partido que governou por tanto tempo o Estado do PCC não tem autoridade também na questão da segurança. Aliás, quem foi ministro do governo tão mal avaliado de FHC sempre terá dificuldade de prometer fazer o que não foi realizado.
Há duas formas de tentar convencer uma nação. A primeira é ouvir marqueteiros e políticos experientes, aplicando suas fórmulas. A outra é ouvir a sociedade e construir com ela um projeto para o futuro. A essa altura só resta a Serra confiar na primeira opção.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Lula não é Deus

Reproduzo abaixo trecho de uma entrevista de Roberto Jefferson  ao jornalista Noblat pelo twitter. O "delator do mensalão" tem uma tese interessante sobre transferência de voto: 
@BlogdoNoblat - Ao político experiente, não ao torcedor: o senhor acredita mesmo na vitória de Serra? Acha que ele derrotará Lula?
@BlogdoJefferson - Será Serra x Dilma.
@BlogdoNoblat - Mas o senhor mesmo disse que Dilma não tem votos. Que Lula é quem tem. Logo é Serra x Lula, é óbvio.
@BlogdoJefferson - Quem irá ao debate, ao campo é Dilma. Ela e a jogadora. O técnico é craque. A jogadora é perna de pau. Gol de Serra.
@BlogdoNoblat - Ao debate irá Dilma. Mas na TV e no rádio, durante 45 dias, estará Lula dizendo: "Vote em Dilma". Isso não pesará?
@BlogdoJefferson - O peso é relativo. Deus perdeu a votação de seu filho para Barrabás. E Lula não e Deus.

Pesquisa - IBOPE, Junho

Estimulada
Serra 37%, Dilma37%, Marina 9%

Em relação à pesquisa anterior, Dilma subiu cinco pontos percentuais, e Serra caiu três.
O empate persiste na simulação de um eventual segundo turno: 42% para o tucano, 42% para a PTista. Na pesquisa Ibope de abril, o placar era de 46% a 37%.

A pesquisa Ibope não traz nenhuma novidade. Confirma a tendência de subida de Dilma e queda de Serra registrada em outras pesquisas. Os dados secundários confirmam o favoritismo da PTista, indicando essa com maior votação espontânea e ainda sendo menos conhecida que o adversário.
O único dado relevante desta pesquisa é que ela foi a primeira elaborada após a aparição de Dilma e Serra  nos horários gratuitos reservados aos partidos. Este tipo de espaço é disponibilizado por Lei para que partidos divulguem suas ideias e, em tese, não se destinam à propaganda eleitoral. Mas o fato é que Dilma usou o espaço do PT e Serra o do DEM como prévia da propaganda eleitoral que irá ao ar no período eleitoral.
Serra terá a seu dispor ainda em junho os programas do PPS e PSDB. A campanha serrista aposta que esses programas o farão voltar à dianteira das pesquisas. A julgar pelo resultado do Ibope, as aparições televisivas não tiveram tanta influência sobre a curva das sondagens pré-eleitorais. Pior, se existir realmente nexo entre essas aparições e o resultado das pesquisas, pode-se concluir que o discurso de Dilma convenceu mais do que o de Serra. É cada vez mais difícil o caminho do PSDBista. 

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Top 100 - Marisa Monte

Marisa Monte será sempre lembrada como uma das melhores cantoras do país. Aos vinte anos foi descoberta por Nelson Motta e logo se tornou a principal cantora brasileira de sua geração. Apesar de ter grande sucesso comercial, Marisa Monte preserva a autenticidade de quem faz música sem estar escravizada pela necessidade de agradar público ou crítica. O disco Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-Rosa e Carvão está no meu TOP 100 e também no da revista Rolling Stone Brasil. Apesar de ser apenas o segundo da cantora, o disco pode ser tomado como uma boa amostra de sua carreira. Nele Marisa canta músicas dos futuros parceiros de Tribalismo Arnaldo Antunes e Carlinhos Brow, canta o samba de Paulinho da Viola e conta com a participação da Velha Guarda da Portela. Sem dúvida é indispensável para qualquer lista de grandes discos.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

A implosão de uma candidatura

Começam a sair dados de novas pesquisas. Encomendadas por partidos, elas, por enquanto, referem-se ao cenário em alguns estados. O Ibope aponta que em Minas Gerais Dilma já tem 42% contra 34% de Serra. O Sensus aponta 35,9% a 34,9% a favor da petista (6,9% para Marina). Nas contas do tucano seria preciso uma grande vitória em Minas para derrotar Dilma.
No Rio de Janeiro o Ibope aponta 46% para Dilma e 21% para Serra. Desta forma, a tese da vitória de Serra no Sul-sudeste para se opor a força de Lula no Norte-nordeste se esvazia.
Dizem que sentar na cadeira de governante antes da eleição dá azar. Uma alusão uma foto tirada por FHC na cadeira de prefeito de São Paulo na véspera da eleição de 1985. Jânio Quadros venceu aquela eleição e a foto de FHC, tirada para ilustrar sua esperada vitória, estampou as páginas dos jornais no dia seguinte à sua derrota, entrando para o folclore político. Entretanto, "assumir" a presidência antecipadamente não é mau negócio para Dilma.
À medida que Dilma vai consolidando seu favoritismo, sua capacidade de angariar apoios vai aumentando. O PMDB pendia para Serra no Rio Grande do Sul e no Paraná e Santa Catarina. Mesmo na Bahia chegou a flertar com o DEM e o PSDB. Ocorre que se opor agora a candidata começa a soar como se opor à presidente, ou seja, ficar de fora da divisão do bolo de cargos e verbas do governo nos próximos 4 anos. Uma ameaça mortal para os tão fisiológicos PMDBistas que hoje já pendem fortemente para a PTista.
O problema na composição da chapa de Serra é emblemático. Ninguém quer deixar de se eleger para qualquer cargo legislativo para ser derrotado na inexpressiva candidatura a vice. Com isso a campanha serrista vai se mostrando mais fraca e perdendo apoio, num ciclo amargo para o ex-governador de São Paulo. Certamente a saída para o impasse tucano será a escolha de alguém sem pretensões políticas, como algum empresário, ou um político com poucas chances na disputa ao senado ou câmara federal e que não deseje retroceder à candidatura de deputado estadual. O DEM baiano tem alguns nomes assim. Assim seguirá Serra, pagando o preço de ter assumido o papel de se opor ao fenômeno de popularidade Lula da Silva.

terça-feira, 1 de junho de 2010

O Prodígio João M.


João Montanaro tem apenas 13 anos. Desenha charges para a Folha de São Paulo e tiras para revista MAD. Seu humor de certa ironia e seu traço jamais denunciariam sua pouca idade. O talento é flagrante. Já está na minha lista de recomendados (coluna à direita).
Quando eu tinha uns oito ou dez anos também desenhava bastante. Fazia até umas revistinhas em folhas de caderno. Minhas estórias eram piores que as de um primo e meus traços ainda hoje não são melhores que os desenhos de outro primo. Mesmo assim, se a Folha ou a MAD tivessem me descoberto, acredito que não faria feio. Mas também acho que se o Flamengo ou Bahia tivessem me dado uma chance eu não decepcionaria. Quem sabe se eu tivesse as mesmas oportunidades eu não teria me saído melhor que o Barrichello?