segunda-feira, 26 de abril de 2010

Clandestino






"Me dicen el clandestino por non llevar palpel" (Mano Chao)


O estado americano do Arizona aprovou uma lei que transforma em crime a imigração ilegal. Agora a polícia local está autorizada a pedir documentos e prender os suspeitos de estarem ilegalmente no estado. É assim no Arizona, em Israel com relação aos palestinos, bem como é assim em alguns lugares da Europa. Esta foi mais uma lei. Não é um decreto autoritário, é a vontade de uma maioria transformada em norma por seus representantes.
Parte do mundo foge da racionalidade. Friamente, o que definirá no Arizona se alguém deve ou não ir pra cadeia é ter ou não ter um papel.
Estado é uma invenção humana. É razoável quando ele se propõe a organizar a sociedade, a não permitir que a liberdade de um ofenda o direito do outro. Mas até que ponto é legítimo que se diga a um homem que ao cruzar determinada linha sua existência torna-se criminosa?
Mano Chao definiu com precisão o sentimento desta figura cada vez mais frequente no mundo, o imigrante ilegal: Sou uma arraia no mar/Fantasma na cidade/Minha vida é proibida/Disse a autoridade (trecho de Clandestino).
Se algum consolo resta, talvez seja o exemplo brasileiro. Frequentemente estamos anistiando estrangeiro ilegais que poderiam sofrer deportações. Além disto, a tolerância aqui é regra. O país tem uma mensagem para o mundo. Espero que seja ouvida.

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