segunda-feira, 15 de março de 2010

Discutindo Rumos

A liberdade é anseio quase indissociavél da própria vida. Requisitada por qualquer ser, pensante ou não.Para as sociedades ocidentais, esta conceito é quase um dogma. Em nome dela, a maior potência mundial promove guerras, ainda que para isso afronte os direitos dos seus cidadãos e de suspeitos estrangeiros, além de atentar contra a autodeterminação dos povos. Existem os que exigem o direito de ser livre até mesmo para abrir mão da própria vida, sem que o Estado intervenha. No país, o conceito é também usado para justificar manifestações de uma imprensa comprometida com os mais diversos interesses.
O Brasil como nação é fruto da opressão. Os índiso nativos foram escravisados. Os negroes em escala ainda maior. Até os brancos nascidos aqui eram parte de um povo colonizado. A liberdade aqui foi uma conquista e uma concessão.
O país deixou de ser colônia para ainda ser comandado pelos herdeiros dos ex-dominadores. O povo deixou de ser escravo para servir aos mesmos senhores. Sua história como república democrática sofreu vários hiatos autoritários. Destas ditaduras não saiu pela ruptura, mas pelo consenso dos grupos que sempre estiveram ligados ao poder. A chegada do povo ao governo, metaforicamente representada na figura de um ex-metalúrgico, foi precedida de uma carta de compromisso com interesses conservadores.
Determinadas ideologias dirão que o Brasil permanece cativo de imperialistas, burgueses ou do capital financeiro. O fato é que existe menos repressão no país, principalmente comparando com seu passado recente de ditadura militar. Há em maior ou em menor grau liberdade de expressão, associação, política, sexual, econômica, etc. Internacionalmente o brasileiro é associado à tolerância ou mesmo à libertinagem.
A liberdade alcançada é resultado de lutas pretéritas e atuais. É preciso refletir em nome de que ela foi conquistada. Construir em cada um e na coletividade o sentido de toda busca. Desejamos ser livres de que? E mais importante, livres para que?

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